Havia uma casa e nela havia um relógio de parede, que tinha dois ponteiros. O nome deles eram Rápido e Lerdão. Um dia o Lerdão disse:
- Você não é mais rápido que eu, seu magrelo!
- Claro que sou, seu gordo! - disse o Rápido.
E a confusão só aumentou, eles logo começaram a brigar. Foi murro, chute, tapa pra todo lado, quando o número três disse:
- Por que vocês não apostam uma corrida?
- Boa ideia! Aceita o desafio ou vai correr igual a uma galinha? - perguntou o Rápido.
- Aceito! - respondeu o Lerdão.
- Então amanhã as quatro horas.
No outro dia eles estavam lá e todos os número reunidos. Um, dois, três e já! Começa a corrida e o Rápido saiu como uma bala. O Lerdão correu o máximo que podia, mas só via o Rápido cada vez mais longe. Sem poder se esforçar mais, o Lerdão sentiu uma terrível dor e caiu. Ao vê-lo caído, o Rápido ficou indeciso se terminava a corrida ou o ajudava. Decidiu ajudá-lo.
- Vamos terminar essa corrida juntos. - disse o Rápido, que levantou o Lerdão e o apoiou com os braços.
- Por que você está me ajudando? - perguntou o Lerdão.
- Não importa se você é mais devagar, você é importante. É você que marca as horas do relógio. Queria ser você.
- E daí? Eu queria marcar os minutos. É bacana ser o rápido.
- Daqui para frente vamos respeitar as diferenças um do outro, tudo bem? - perguntou o Rápido.
E assim ficou tudo acertado, quando de repente, o vento bate tão forte que quebra o vidro do relógio e os números começam a cair.
- Lerdão, tive uma idéia! Eu sou rápido, posso pegar os números e você, que é mais forte, ajuda a segurá-los para não cair.
- Então vamos logo! - disse o Lerdão.
Assim, os dois conseguiram salvar todos os números, que voltaram aos seus lugares. E tudo voltou ao normal. O Rápido e o Lerdão ainda se desentendem de vez em quando, mas logo reconhecem que cada um tem a sua importância, apesar das diferenças.
Vinícius Barroso - 6a série A
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